Coleta

FERTILIZANTES

Amostragem de corretivos e de fertilizantes

TECIDO VEGETAL

Amostra de Tecido Foliar

SOLO

Amostra de solo

ÁGUA

Amostra de Água

ANÁLISE DE SOLO

AMOSTRAGEM DE SOLO

Como realizar a amostragem de uma forma eficiente para que represente com a maior exatidão possível a área a ser avaliada:

O primeiro passo para realizar a amostragem consiste em dividir a área em glebas homogêneas, considerando os seguintes fatores: tipo de cobertura vegetal; formas de relevo; características físicas (cor, textura e profundidade de perfil); e histórico de utilização da área.

Caso haja a necessidade de divisão de um talhão, é importante que se faça um croqui para posterior correção de acordo com as diferenças encontradas nas análises de solo. A melhor forma de tratar essas diferenças é através da Agricultura de Precisão.

Para a amostragem faz-se necessário cerca de 20 amostras simples da área homogênea, coletadas para a formação de uma amostra composta que será enviada ao laboratório. A coleta pode ser feita com diferentes tipos de equipamentos de amostragem, que dependem do tipo e umidade de solo, e o mais utilizado é o

Terra Brasileira

Lembrando que as coletas devem ser feitas sempre na mesma profundidade. Após as coletas das amostras simples, elas são despejadas em um balde onde é feita uma mistura homogênea e retira-se cerca de 500 gramas de solo, que será a amostra composta que irá representar a área. Essa amostra deve ser embalada em um saco plástico fechado e identificado para ser enviada ao laboratório. Essa amostragem é feita preferencialmente em zigue-zague, de modo a representar a gleba.

Terra Brasileira

A profundidade de coleta varia de acordo com a cultura, sendo em culturas anuais a coleta feita de 0-20 cm devido termos estudos de referência para adubações e calagem nessa profundidade. É importante que façamos amostragem em profundidades maiores como 20-40 cm para sabermos os níveis de nutrientes no perfil do solo.

Amostragens mais estratificadas como 0-10 e 10-20cm em sistema de plantio direto podem ser feitas a fim de se saber a distribuição dos nutrientes ao longo do perfil de solo.

Evitar a coleta de amostras próximo à cupins, formigueiros, monte de adubo ou calcário, terraço, queimada de restos culturais ou qualquer mancha que não represente a área em questão.

Áreas adubadas em linha requerem cuidados especiais de amostragem, para compensar a diferença de fertilidade existente devido à aplicação localizada dos fertilizantes.

A quantidade de solo, encaminhada ao laboratório, deve pesar aproximadamente 500 gramas.

O laboratório Terra Brasileira dispõe de sacos plásticos para amostragem.

Fonte: MARTINHÃO, D. G. S.; LOBATO, E. Cerrado – Correção do Solo e Adubação. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2004.


ANÁLISE DE TECIDO FOLIAR

AMOSTRAGEM DE TECIDO VEGETAL

As concentrações dos nutrientes nas folhas estão diretamente ligadas com: estádio de crescimento, órgão analisado, variedade cultivada, local de coleta na planta e época de amostragem. Para uma boa amostragem de material vegetal, são apresentados na tabela abaixo os procedimentos a serem seguidos na coleta de folhas ou parte delas para as principais culturas do cerrado (Malavolta et al., 1989; Malavolta, 1992; Raij, 1996):

Terra Brasileira

Alguns critérios devem ser observados para que se colete uma amostragem realmente representativa:

  • Deve-se evitar a amostragem em locais próximos de estradas e/ou cerreadores;
  • Evitar amostragem em plantas atacadas por doenças ou pragas;
  • Plantações que receberam pulverizações, só devem ser amostradas um mês após;
  • Deve-se evitar coletar folhas com sintomas de deficiências, a não ser que se queria identificar a deficiências;
  • Colocar o material coletado em sacos de papel limpos e identificados;
  • Enviar o material ao laboratório com o prazo máximo de 2 dias. Caso não seja possível, deve-se lavar o material com água corrente antes de murchar, para retirar o excesso de poeira, colocar a amostra em saco de papel e secar ao sol até ficar quebradiça e posteriormente enviar ao laboratório.

Fonte: MARTINHÃO, D. G. S.; LOBATO, E. Cerrado – Correção do Solo e Adubação. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2004.


ANÁLISE DE CORRETIVOS E DE FERTILIZANTES

AMOSTRAGEM DE CORRETIVOS E FERTILIZANTES

Para se obter uma amostra representativa de determinado lote, os sacos a serem amostrados devem ser escolhidos de diferentes posições na pilha, e o número de frações que formará uma amostra final varia conforme o tamanho do lote.

TAMANHO DO LOTE Nº MINIMO DE SACOS A SEREM AMOSTRADOS
10 Totalidade
11 a 50 10
51 a 100 20
Superior de 100 até 2000 20 + 2% da totalidade

Quando o lote for superior a 2000 sacos, dividir os lotes de 2000 sacos, ou fração. Para a coleta de qualquer fertilizante principalmente as misturas de adubos granulados, deve-se:

  • Deitar o saco horizontalmente sobre o chão
  • Tombá-lo pelo menos três vezes, para garantir a mistura do adubo
  • Com sonda fechada, introduzi-la totalmente no saco e abri-la para que o material caia nos furos
  • Fechar os furos e retirar a sonda, despejando seu conteúdo em um recipiente limpo
  • Repetir a operação para cada embalagem a ser amostrada

A GRANEL – EM SILOS OU A CÉU ABERTO:

Quando o produto estiver a céu aberto, sem nenhuma proteção, principalmente no caso de calcário, deve-se desprezar a camada superficial do monte. A coleta das amostras em montes deve ser feita com a sonda da amostragem que será introduzida totalmente e de forma inclinada. Em lotes de até cem toneladas, coletar no mínimo dez amostras simples em diferentes pontos do monte, escolhidos ao acaso de modo que a amostra seja representativa de todo o lote. Em montes de corretivos ou fertilizantes acima de cem toneladas, deverão ser retiradas além das dez amostras simples mais cinco a cada cem toneladas ou fração. Juntar as amostras simples em um recipiente limpo que evite a absorção de umidade.

EM VAGÕES OU CAMINHÕES:

Dividir e numerar a superfície do caminhão ou do vagão em dez áreas retangulares e, com a sonda metálica, retirar uma amostra de cada área numerada. A sonda deve ser introduzida, completamente, na posição inclinada, desde que o material permita. Juntar as amostras em um recipiente limpo e que evite a absorção de umidade. Fonte: MARTINHÃO, D. G. S.; LOBATO, E. Cerrado – Correção do Solo e Adubação. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2004.


ANÁLISE DE ÁGUA

AMOSTRAGEM DE ÁGUA

É de fundamental importância que seja realizada a refrigeração das amostras. Os tipos de frascos mais utilizados no armazenamento de amostras são os de plástico, vidro borossilicato e do tipo descartável; sendo estes últimos empregados quando o custo da limpeza torna-se muito oneroso. A limpeza de frascos e tampas é de suma importância para impedir a introdução de contaminantes nas amostras.

Condições operacionais Vidro (Borossilicato) Plástico (Polietileno)
Interferência com a amostra Inerte a todos os constituintes, exceto a forte alcalinidade Inerte a todos os constituintes, exceto pesticidas, óleos e graxas
Peso Pesado Leve
Resistência a ruptura Fácil Alguma dificuldade na remoção de componentes absorvíveis
Esterilização à vapor Sim Apenas os de alta densidade

CUIDADOS GERAIS:

1 – As amostras não devem incluir partículas grandes, detritos, folhas ou outro tipo de material acidental;

2 – Para minimizar a contaminação da amostra convém recolhê-la com a boca do frasco de coleta contra a corrente;

3 – Coletar volume suficiente de amostra para eventual necessidade de repetir alguma análise de laboratório (de 1,5 a 2 L);

4 – A parte interna dos frascos e do material de coleta, assim como tampas, não podem ser tocadas com a mão ou ficar expostos ao pó, fumaça e outras impurezas (gasolina, óleo, e fumaça de exaustão de veículos podem ser grandes fontes de contaminação de amostra). Recomenda-se, portanto, que os coletores mantenham as mãos limpas ou usem luvas plásticas (cirúrgicas e não coloridas) e não fumem durante a coleta das amostras;

5 – Imediatamente após a coleta, as amostras devem ser colocadas ao abrigo de luz solar;

6 – As amostras devem ser acondicionadas em caixa de isopor com gelo;

7 – Registrar todas as informações de campo como:

  • Identificação do ponto de amostragem e sua localização (profundidade);
  • Data e hora de coleta;
  • Tipo de amostragem (efluente industrial, água de rio, potável, poço, etc.);
  • Condições meteorológicas nas últimas 24 horas, como chuvas;
  • Nome do responsável pela coleta, endereço e telefone.

Para sistema de distribuição de água para consumo humano:

1 – Verificar se o ponto de coleta recebe água diretamente do sistema de distribuição e não de caixas, reservatórios ou cisternas;

2 – A torneira não deverá ter aeradores ou filtros, nem apresentar vazamentos de água;

3 – Inicialmente abrir a torneira e deixar escoar a água por 2 a 3 minutos, ou o tempo suficiente para eliminar impurezas e água acumulada na canalização;

4 – Caso seja necessário, utilizar uma solução de hipoclorito para eliminar qualquer tipo de contaminação externa;

5 – Remover completamente o hipoclorito antes da coleta;

6 – Abrir a torneira a meia seção (fluxo pequeno e sem respingos) por 2 minutos;

7 – Remover a tampa do frasco conjuntamente com o papel protetor, com todos os cuidados de assepsia, evitando contaminação da amostra pelos dedos, luvas ou outro material;

8 – Para amostras de água contendo cloro, os frascos devem conter inibidor de cloro.

9 – Segurar o frasco verticalmente, próximo à base e efetuar o enchimento, deixando um espaço vazio de aproximadamente 2,5 a 5,0 centímetros do topo, possibilitando a homogeneização;

10 – Fechar o frasco imediatamente após a coleta, fixando bem o papel protetor ao redor do gargalo e trazer ao laboratório sob refrigeração.

EM POÇOS FREÁTICOS:

1 – Em poços equipados com bombas manuais ou mecânicas, bombear a água durante aproximadamente 5 minutos;

2 – Realizar desinfecção da saída da bomba com hipoclorito;

3 – Deixar a água escorrer novamente antes da coleta de amostra;

4 – Remover a tampa do frasco conjuntamente com o papel protetor, com todos os cuidados de assepsia, evitando contaminação da amostra pelos dedos, luvas ou outro material;

5 – Segurar o frasco verticalmente, próximo à base e efetuar o enchimento, deixando um espaço vazio de aproximadamente 2,5 a 5,0 centímetros do topo, possibilitando a homogeneização;

6 – Fechar o frasco imediatamente após a coleta, fixando bem o papel protetor ao redor do gargalo e trazer ao laboratório sob refrigeração.

7 – Em poços sem bomba, a amostragem deixa de ser feita diretamente no poço, utilizando um recipiente esterilizado (passar álcool em baldes);

8 – Não retirar amostras da camada superficial da água, evitando a contaminação com espuma ou com outro material das paredes do poço.

ÁGUAS SUPERCIAIS:

Amostras coletadas diretamente de um corpo receptor:

1 – Procurar evitar a coleta de amostras em áreas estagnadas ou em locais próximos às margens;

2 – Com todos os cuidados de assepsia, remover a tampa do frasco juntamente com o papel protetor;

3 – Com uma das mãos, segurar o frasco pela base, mergulhar rapidamente o frasco com a boca para baixo, de 15 a 30 centímetros abaixo da superfície da água, para evitar a introdução de contaminantes superficiais;

4 – Direcionar o frasco de modo que a boca fique em sentido contrário à correnteza;

5 – Se o corpo de água for estático, deverá ser criada uma corrente superficial, através da movimentação do frasco na direção horizontal (sempre para frente);

6 – Inclinar o frasco lentamente para cima, a fim de permitir a saída de ar e subsequente enchimento do mesmo;

7 – Retirar o frasco do corpo d’água, desprezar uma pequena porção da amostra, deixando um espaço vazio suficiente que permita a homogeneização da amostra para análise;

8 – Fechar o frasco imediatamente, fixando o papel protetor ao redor do gargalo e trazer ao laboratório sob refrigeração.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CETESB, 1987. Guia de coleta e preservação de amostras de água. 1ª ed. São Paulo, 155p.

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